LEIA - Quem somos

O projecto LE.I.A. continua activo e aparece agora renovado: ao associar-se ao projecto LER+ do Plano Nacional de Leitura, ganhou a sigla M.L.M (Melhores Leitores do Mundo). Continua a ser um espaço de partilha de experiências de leitura, mas integra agora na sua estrutura um verdadeiro clube de alunos leitores.

Permanece, no entanto, sempre aberto às sugestões de leitura que nos queiram enviar. Por isso, se acabou de ler um livro e gostou, escreva alguma palavras sobre ele e envie o texto para
leia.esmtg@gmail.com. Nós temos o maior gosto em publicá-lo no blogue.
Sugira. Comente. Participe. O blogue é o seu espaço.

Ana Gonzaga

Rosário Cardoso







quarta-feira, 29 de junho de 2011

O último encontro

Com a chegada do calor, o fim das aulas também se aproxima e o LEIA-MLM não poderia deixar de realizar uma última sessão.

Dia 8 de Junho de 2011, pelas 14 horas, na biblioteca da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, deu-se a última discussão literária, com a presença dos vários membros o clube, entre os quais professores e alunos, e alguns convidados especiais – dois membros da direção e a nossa querida surpresa.

Uma das nossas professoras deliciou-nos, durante toda a semana, com uma suposta surpresa que se iria dar neste último encontro. Para nosso espanto, a novidade consistia na visita de um professor de geografia, Nuno Baptista.

A verdade é que ninguém entendeu a razão de tanto suspense, até o diálogo ser iniciado. O professor conseguiu cativar toda a biblioteca em meros segundos. Inicialmente, começou por contar a sua experiência como leitor, o porquê de gostar de ler e desfez os preconceitos que insistiam em separar as ciências das literaturas. Seguidamente, explicou o motivo pelo qual escolheu o livro que apresentou – O Malhadinhas de Aquilino Ribeiro. Toda a sala participou com gargalhadas e com as suas próprias impressões de leitura, partilhando momentos de prazer relacionados com literatura.

Algo que impressionou, tanto os alunos, como os professores, foi a vida de Aquilino, contada através da voz do professor Nuno, pois deu uma nova consciência da época Salazarista e também uma nova visão acerca do orgulho pelo nosso trabalho – Aquilino fora uma pessoa muito talentosa, porém, apesar de ser nomeado para vários prémios, nunca aceitou qualquer um deles.

Após uma viagem no tempo, regressámos aos livros, com O Malhadinhas. Segundo o professor Nuno, Malhadinhas era uma personagem complicada, travessa. Este faz uma analepse e conta a sua história, revivendo os momentos de quando era jovem – com a sua navalha e o seu jeito desenrascado. Uma escrita muito trabalhada e muito singular, com uma linguagem muito cuidada, um livro que, segundo o nosso convidado, vale a pena comprar e deleitar-nos um pouco com ele.

Desta forma, foram passadas algumas horas em pleno convívio e prazer. Depois de muita conversa, risos e partilha de impressões de leitura, nada melhor que um belo lanche, oferecido pela nossa escola, para terminar a tarde.

Foi um bom fim de ano para o clube de leitura. Para o ano há mais.



Mónica Nobre 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Morreste-me de José Luís Peixoto

Uma estrondosa confusão de sentimentos, emoções. Um expressar de angústia, mágoa, mal-estar e depressão. Uma aceitação e recusa simultânea de uma morte repentina. Um caminho cheio de pedras e obstáculos a percorrer, um percurso que poderá ser belo, porém muito atribulado, uma viagem sem ninguém para ajudar, pois essa pessoa já foi. Uma queda sem alguém para a amparar. Uma lágrima sem quem a seque… um misto de conversas interiores, que só o inconsciente pode ouvir. Tudo isto numa pequena obra de ficção, em apenas 39 páginas. Peixoto consegue resumir, numa história não verídica, toda a emoção que um romance exige. É tal e qual um frasco de perfume, quanto mais pequeno for a sua embalagem, mais concentrado será o seu aroma, mas forte será, o seu impacto também será maior, tal como o livro.

É uma obra quase inexplicável, que, só lendo, é possível entender.

Mónica Cid

Rabbit Proof Fence by Doris Pilkington Garimara

When I started reading the book, it was impossible to stop. I thought to myself that this was the greatest escape of all time.

Before reading the book, I never thought that could ever do such things to children, even if they were "Half-caste"!

In Rabbit-Proof Fence, award-wining author Doris Pilkington traces the story of her mother, Molly, one of three young girls uprooted from their community in Southwestern Australia and taken to the Moore River Native Settlement. There, Molly and her relatives Gracie and Daisy were forbidden to speak their native language, forced to abandon their heritage, and taught to be culturally white. After regular stays in solitary confinement, the three girls planned and executed a daring escape from the grim camp.

This book can be read by everyone, but in my opinion, I would indicate to people over 16/18 years because it has a great historical environment that need to be understood! The book is relatively small. It has about 160 pages. But for those who do not like reading, there is also the movie but escapes the details of the book as usual.
 Joana Gordine