Uma estrondosa confusão de sentimentos, emoções. Um expressar de angústia, mágoa, mal-estar e depressão. Uma aceitação e recusa simultânea de uma morte repentina. Um caminho cheio de pedras e obstáculos a percorrer, um percurso que poderá ser belo, porém muito atribulado, uma viagem sem ninguém para ajudar, pois essa pessoa já foi. Uma queda sem alguém para a amparar. Uma lágrima sem quem a seque… um misto de conversas interiores, que só o inconsciente pode ouvir. Tudo isto numa pequena obra de ficção, em apenas 39 páginas. Peixoto consegue resumir, numa história não verídica, toda a emoção que um romance exige. É tal e qual um frasco de perfume, quanto mais pequeno for a sua embalagem, mais concentrado será o seu aroma, mas forte será, o seu impacto também será maior, tal como o livro.
É uma obra quase inexplicável, que, só lendo, é possível entender.
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