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Ana Gonzaga

Rosário Cardoso







domingo, 18 de abril de 2010

Jon Krakauer, O Lado Selvagem

Não quero saber que horas é que são. Não quero saber em que dia é que estamos ou onde estou. Nada disto interessa.

O Lado Selvagem é um livro fascinante baseado na história verídica de Chris McCandless, um jovem recentemente graduado da Universidade que, à busca de aventura e de verdade, decide deixar a sua vida organizada e conformada para partir para uma road-trip. Destino? A Natureza selvagem!
Assim, Chris doa a maior parte das suas poupanças à organização de solidariedade OXFAM America, destrói os seus documentos de identificação, atribui-se o nome de Alex Supertramp e, no seu velho Datsun inicia a viajem pela natureza da América do Norte, tendo como fim último o Alaska, do qual nunca sairá vivo.
Desta maneira, ao afastar-se da sociedade materialista e superficial em que vivemos, Chris McCandless tentou provar que o Homem consegue viver sozinho na Natureza sem precisar de carros, casas ou telemóveis topo de gama. É interessante perceber quais é que são as razões que levam alguém a abandonar a sociedade para viver em pura natureza e «acompanhar», efectivamente, a sua viajem.
No entanto, constatamos que Chris não cortou todos os laços com o mundo exterior, uma vez que estabelece vários contactos ao longo da sua viajem, fazendo amizades com outros “marginais”. No fim, quando está “preso” no Alaska, chega mesmo à conclusão de que “a felicidade só é real quando é partilhada” o que nos faz questionar se o Ser Humano, ao viver afastado da sociedade, se consegue realmente concretizar.
O Lado Selvagem não me surpreendeu devido ao uso de recursos retóricos extraordinários. O que torna este livro especial é a maneira como explora assuntos como a relação do Homem com a Natureza, a Sociedade e consigo mesmo, levantando questões tais como:" Por que é que nos contentamos em viver numa sociedade que, além de hipócrita e injusta, restringe as nossas liberdades? Qual é que é o propósito da nossa existência? Qual é o verdadeiro significado da vida?".
Encontramos resposta a tais questões? Não, e provavelmente nunca conseguiremos fazê-lo. Mas conseguimos perceber quais é que são os valores que nos tornam humanos e que o melhor na vida não é viver necessariamente na natureza pura ou na gaiola da sociedade. Entre o preto e o branco existe a cor cinzenta. Para obtê-la, cabe-nos a nós misturar convenientemente as duas cores.
Nota – Lado Selvagem foi, em 2007, adaptado ao cinema. O filme foi muito bem conseguido e mantém-se, na sua maior parte, fiel ao livro. Aconselho ler o livro e, em seguida, ver o filme.

Laila Franke


2 comentários:

  1. adoro esse livro e o filme então!
    tens que ver o filme é mesmo lindo *-*

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  2. E esse tipo de vida k quero, se alguem tanbem pensa assi podemos trocar algumas ideias obrigado aqui fica o meo mail .hfverissimo@hotmail.com

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