LEIA - Quem somos

O projecto LE.I.A. continua activo e aparece agora renovado: ao associar-se ao projecto LER+ do Plano Nacional de Leitura, ganhou a sigla M.L.M (Melhores Leitores do Mundo). Continua a ser um espaço de partilha de experiências de leitura, mas integra agora na sua estrutura um verdadeiro clube de alunos leitores.

Permanece, no entanto, sempre aberto às sugestões de leitura que nos queiram enviar. Por isso, se acabou de ler um livro e gostou, escreva alguma palavras sobre ele e envie o texto para
leia.esmtg@gmail.com. Nós temos o maior gosto em publicá-lo no blogue.
Sugira. Comente. Participe. O blogue é o seu espaço.

Ana Gonzaga

Rosário Cardoso







quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O Rapaz do Pijama às Riscas

Uma inocente história sobre uma época bastante dolorosa na vida dos homens, derramada sobre o leitor, através das palavras de uma criança de nove anos, leva-nos a reflectir sobre a relação humana e o desrespeito pela mesma.

Segundo as opiniões expostas pelos leitores na última reunião do clube LEIA, realizada no dia 5 de Janeiro de 2011, a opinião geral acerca do livro não foi a mais positiva. Maioritariamente, chegou-se à conclusão de que a história seria inverosímil, pois há acontecimentos que não são totalmente compatíveis com os factos históricos. No entanto, a minha opinião diferenciou-se um pouco da opinião geral.

A leitura deste livro e a sua consequente análise, levou-me a entender que a mensagem transmitida pelo escritor era outra – não falar directamente dos assuntos da guerra, das suas razões e origens e como esta se desenvolvia, mas sim daquilo que nem durante a guerra deixou de existir – os sentimentos que os humanos têm para partilhar uns com os outros e a igualdade humana. Uma espécie de apelo contra o fascismo.

Em O Rapaz do Pijama às Riscas, fala-se sobre um pai, general alemão que lutava contra os judeus e, no entanto, tinha uma família, dois filhos que amava e um chefe superior que, tal como todas as outras pessoas da mesma “espécie”, tinha o dever de respeitar – o “Fúria”. No desenvolvimento desta história encontramos várias diferenças entre os Judeus e os Nazis, mas, sem muitos mistérios e rodeios, na total inocência infantil perante a dura verdade, descobrimos que o filho do general, sublinho, Nazi morre tal e qual como morriam todas as pessoas que não eram dessa espécie. Agora pergunto, qual é mesmo a diferença? Será que esta morte tão igual não absorve todas as outras diferenças?

Aqui se expõe a crueldade humana, existente ainda hoje. Eu aconselho a ler o livro, pois acho que todos temos o dever de pensar no assunto e, de certa forma, tentar evitá-lo.

Ksenia Kvast -10º N

1 comentário:

  1. Como ex-aluna da ESMTG fico contente por ver que este grupo ainda se mantêm e continua a recrutar novos alunos e amantes da leitura.
    É bom ver novos textos neste blog!

    Quanto ao livro "O Rapaz do Pijama às Riscas", posso dizer que ainda não o li mas já vi o filme.
    Depois de ler este belíssimo texto fiquei curiosa em relação ao livro, para mais tarde poder comparar com o filme.

    Beijinhos :)

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